sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ao Entardecer


Ao Entardecer...

Na tarde morna, pelo céu em festa,
Perpassa um grito, que se perde longe...
Há mil perfumes de tomilho e giesta,
E o monte enverga seu burel de monge.

Uma após outra, as irmãs estrelas
Abrem, muito alto, como olhitos piscos,...
Bailam cantigas, pelo ar, singelas,
e o gado manso, torna aos seus apriscos.

Pela janela francamente aberta
Coam-se vozes _ rezas de humildades _
Descem perfumes de malvaísco em flor...

Mas tudo cala (só o amor desperta),
Quando na torre batem as Trindades...
Hora divina de saudade e amor!...


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