Mastigando raízes de eternidade
adentro-me pelas colinas dos céus
onde Deus é meu relógio.
E buscando sabedoria
não me torno deserto e nem ausência.
Recolho em minha solidão
muralhas de calmaria
sem gemido de dor ou morte.
Em meus redemoinhos
viajo entre cansaços de séculos
adornada de crisântemos amarelos.
Em minha ausente juventude
não há abismos em voragem.
Trigo, fonte e pombas
ornamentam minhas varandas.
A noite ajoelhada soluça
em seu tapete e entre velas.
O tempo que é túnel
fala das estações
derramando chuva de invernos
até às eternidades.
Alvina Nunes Tzovenos
Palavras ao Tempo
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